A raiva é uma doença contagiosa, causa por um vírus do gênero Lyssavirus. A doença causa um quadro de encefalite aguda (inflamação cerebral), sendo assim, os sintomas são em geral de origem neurológica. Os mais comuns são: febre, dor de cabeça, salivação excessiva, espasmos musculares, paralisia e confusão mental. É uma enfermidade com alta taxa de mortalidade, quase 100% dos casos. Atinge todos os mamíferos, incluindo ruminantes, felinos e morcegos.
O período de incubação pode variar de 3 semanas até 2 meses. Nos primeiros dias que aparecem os sintomas há mudança de comportamento, os animais escondem-se em locais escuros ou mostram uma agitação. Após 1 a 3 dias esses sintomas podem piorar ou o animal pode passar imperceptível por essa fase. O cão se torna agressivo, com impulso de morder objetos, outros animais, o homem (não sabe distinguir o proprietário), e morde-se a si mesmo também, podendo causar ferimentos graves. A salivação aumenta, pois devido à paralisia dos músculos da deglutição, o animal não consegue deglutir a saliva. Pode ocorrer mudança no latido também pela paralisia das cordas vocais.
No estágio final da doença, pode ocorrer convulsões focais ou generalizadas e paralisia de membros. Após a paralisia de tronco e membros o animal vem à óbito devido à incapacidade de manter o funcionamento vital.
Não há tratamento para a doença e o exame para raiva canina é feito somente post mortem, ou seja, o diagnóstico é obtido após a morte do cão, por avaliação de lesões características no tecido cerebral.
Sendo uma zoonose e uma doença de importante debilidade ao animal, a eutanásia pode ser indicada para interromper o sofrimento do animal.
Para prevenção dessa doença deve ser feito a vacinação com vacina antirrábica a partir de 12 semanas de idade, tanto em cães quanto em gatos. É recomendado uma dose de reforço a cada 12 meses, durante toda a vida do animal.
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